O Hospital Cândido Rondon (HCR) em Ji-Paraná (RO), afirmou nesta quarta-feira (17) que entrou em colapso. O monitoramento divulgado pela instituição aponta que a unidade está superlotada de casos graves de Covid-19 “sem a menor requisito de atender, receber ou internar pacientes”.
De conformidade com a direção do hospital, o atendimento à população está suspenso temporariamente até que a sisudez interna diminua. Os principais problemas enfrentados são a lotação dos leitos de UTI e a exaustão diária dos profissionais de saúde que lutam para prestar atendimento adequado aos pacientes já internados.
“Infelizmente, depois 18 anos teremos que, a partir do presente momento, suspender os atendimentos em nosso Pronto Atendimento, temporariamente, até que tal situação venha a melhorar e possamos retomar o estabilidade interno quanto ao fluxo de atendimento de paciente e dentro das disponibilidades de leitos. Solicitamos a compreensão de todos neste momento tão crítico que assola não só a nós, mas porquê o país todo”, consta no enviado do hospital.
Mesmo antes de o mês completar, Rondônia bateu recordes de mortes por Covid-19 em março, segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de prelo junto às secretarias estaduais de Saúde. Foram registradas 614 mortes até o dia 16. O recorde prévio era do mês pretérito, quando 606 pessoas morreram em todo o mês de fevereiro.
Na terça-feira (16) a Instauração Oswaldo Cruz (Fiocruz) declarou que o Brasil passa pelo “maior colapso sanitário e hospitalar da história”. A instituição apontou que 24 estados e o Região Federalista estão com taxas de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%.
Na semana passada, a instauração já havia informado que o país vive o pior momento da pandemia. A entidade divulgou que a avaliação é decorrente da piora de alguns dos principais indicadores sobre a Covid-19:
- subida taxa de ocupação de leitos,
- tendência de subida nos casos de síndromes respiratórias, e
- subida participação do país no totalidade de mortes causadas pela doença no mundo.
O progresso da tragédia em Rondônia
Rondônia está no pior cenário da pandemia até agora. A rede pública de saúde está em colapso e a rede privada chegando a ele. Rondonienses são transferidos para outros estados por justificação da fileira de espera por leitos de UTI. A vacinação acontece a conta-gotas. Festas com aglomerações são flagradas continuamente. A tragédia avança com rapidez e os espaços nos cemitérios estão se esgotando:
- a primeira morte por Covid foi registrada em Rondônia no dia 29 de março de 2020,
- depois 138 dias o estado chegou a 1.000 vítimas fatais,
- 156 dias depois Rondônia chegava ao totalidade de 2.000 vidas perdidas
- e demorou unicamente 47 dias para chegar aos 3 milénio mortos
G1